segunda-feira, junho 02, 2014

7

Cara eu estou lendo um livro. Esse livro se chama “pornopopéia”. Mas não é tão pornográfico como poderia parecer. É tipo um romance sobre um cara que cheira muito e trepa muito e essas coisas.
            Talvez seja meio pornográfico mesmo. Mas tanto faz eu sou ‘de maior’ e ainda por cima já tenho quase 21 anos. VINTE E UM ANOS. Já sou, pra efeitos legais quase um adulto em todos os países do mundo. Já posso me casar e ninguém vai poder dizer um ‘a’ contra por que: “foda-se. Eu tenho 21”.
            Eu tenho certeza que minha vida não vai mudar nem um centímetro depois do dia 21 de julho por motivos de: isso já me aconteceu antes. Quando eu fiz dezoito eu achei que ia ser muito diferente. Que eu ia, magicamente, descobrir tudo o que eu precisava saber na vida. Afinal os adultos não tem dúvidas. Risos.
            Na época do cursinho eu comecei a escrever um romance que depois eu abandonei. Chamava “Tales From the Whore Paranoia”. Era sobre um cara que namorava uma puta e todas as aventuras que acontecem com você quando está apaixonado por uma mulher de vida fácil.
             A vida delas, aliás, não é nada fácil.
            Mas esse cara também tinha uma gata chamada Ana Julia e passava o dia todo bebendo conhaque no sofá dele. Bem parecido comigo: ele também queria escrever umas coisas mas sempre abandonava tudo.
            Eu mostrei a ideia para uma amiga minha, que namorava uma outra amiga minha. E elas começaram a dar palpites. A outra amiga era um tanto mais velha tinha uns 27 anos enquanto eu tinha só 17. Ela disse que não fazia muito sentido o  personagem do  meu livro ser meio perdido, sem saber o que fazer com a vida pois depois que você fica mais velho esse tipo de coisa desaparece.
            Acho que ela não me conhecia muito bem né.
            Mas nada disso tem a ver com o livro que eu estou lendo “pornopopéia”. No livro o cara tem que escrever um roteiro para um vídeo institucional sobre um frigorífico se não me engano.
            “embutidos de frango” acabei de verificar aqui.
            Mas ele não consegue escrever nada pois toda hora alguma coisa acontece. Ou ele vai pra um centro de yoga (sei lá se é yoga. Essas porras de meditação indiana) outra hora a coca dele acaba e ele tem que ir buscar mais na Augusta. É um livro bem legal. Um pouco exagerado em vários momentos, mas eu não consigo largar depois de ler uns 10 páginas seguidas.
            A propósito você pode ler o conto/texto. Que originou o “Tales” aqui mesmo nesse blog decrépito. Acho que o texto tem exatamente esse nome.
            Eu sei que normalmente eu escrevo esse tipo de texto pois quero ficar me lamentando e falando como estou depressivo ultimamente mas dessa vez eu não vou falar sobre isso. Simplesmente por que eu não quero. Mas, se você deseja mesmo saber, essa semana eu passei ou bêbado ou deprimido.
            No momento eu tô trabalhando num projeto muito importante para minha sanidade. O projeto se chama: ficar-bêbado-sempre-que-possível-e-fumar-sempre-que-me-oferecerem-um. Tem dado certo. Essa semana eu saí bastante e consegui ficar bastante bêbado pelo menos dois dias.
            Palmas para mim que sou um exemplar lindo e bem sucedido e sofisticado de homem branco reclamão.
            Clap clap clap clapclapclapcpclapclap fapfapfapfap

            Eu comecei a escrever isso aqui, pois eu também tenho um vídeo institucional para fazer e não estou com a mínima vontade. Inspiração não é nada necessária na publicidade. Você precisa ler sobre o seu produto, ler sobre o publico alvo, escrever alguma coisa relevante que vai mudar a vida do consumidor. Aí você imprime tudo, rasga a impressão, deleta o arquivo e escreve algo que tenha alguma chance de ser aprovado pelo cliente.

            Desculpa pessoal, às vezes eu posso soar meio amargo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário