Cara eu estou lendo um livro. Esse
livro se chama “pornopopéia”. Mas não é tão pornográfico como poderia parecer.
É tipo um romance sobre um cara que cheira muito e trepa muito e essas coisas.
Talvez
seja meio pornográfico mesmo. Mas tanto faz eu sou ‘de maior’ e ainda por cima
já tenho quase 21 anos. VINTE E UM ANOS. Já sou, pra efeitos legais quase um
adulto em todos os países do mundo. Já posso me casar e ninguém vai poder dizer
um ‘a’ contra por que: “foda-se. Eu tenho 21”.
Eu
tenho certeza que minha vida não vai mudar nem um centímetro depois do dia 21
de julho por motivos de: isso já me aconteceu antes. Quando eu fiz dezoito eu
achei que ia ser muito diferente. Que eu ia, magicamente, descobrir tudo o que
eu precisava saber na vida. Afinal os adultos não tem dúvidas. Risos.
Na
época do cursinho eu comecei a escrever um romance que depois eu abandonei.
Chamava “Tales From the Whore Paranoia”. Era sobre um cara que namorava uma
puta e todas as aventuras que acontecem com você quando está apaixonado por uma
mulher de vida fácil.
A vida delas, aliás, não é nada fácil.
Mas
esse cara também tinha uma gata chamada Ana Julia e passava o dia todo bebendo
conhaque no sofá dele. Bem parecido comigo: ele também queria escrever umas
coisas mas sempre abandonava tudo.
Eu
mostrei a ideia para uma amiga minha, que namorava uma outra amiga minha. E
elas começaram a dar palpites. A outra amiga era um tanto mais velha tinha uns
27 anos enquanto eu tinha só 17. Ela disse que não fazia muito sentido o personagem do
meu livro ser meio perdido, sem saber o que fazer com a vida pois depois
que você fica mais velho esse tipo de coisa desaparece.
Acho
que ela não me conhecia muito bem né.
Mas
nada disso tem a ver com o livro que eu estou lendo “pornopopéia”. No livro o
cara tem que escrever um roteiro para um vídeo institucional sobre um
frigorífico se não me engano.
“embutidos
de frango” acabei de verificar aqui.
Mas
ele não consegue escrever nada pois toda hora alguma coisa acontece. Ou ele vai
pra um centro de yoga (sei lá se é yoga. Essas porras de meditação indiana)
outra hora a coca dele acaba e ele tem que ir buscar mais na Augusta. É um
livro bem legal. Um pouco exagerado em vários momentos, mas eu não consigo
largar depois de ler uns 10 páginas seguidas.
A
propósito você pode ler o conto/texto. Que originou o “Tales” aqui mesmo nesse
blog decrépito. Acho que o texto tem exatamente esse nome.
Eu
sei que normalmente eu escrevo esse tipo de texto pois quero ficar me
lamentando e falando como estou depressivo ultimamente mas dessa vez eu não vou
falar sobre isso. Simplesmente por que eu não quero. Mas, se você deseja mesmo
saber, essa semana eu passei ou bêbado ou deprimido.
No
momento eu tô trabalhando num projeto muito importante para minha sanidade. O
projeto se chama:
ficar-bêbado-sempre-que-possível-e-fumar-sempre-que-me-oferecerem-um. Tem dado
certo. Essa semana eu saí bastante e consegui ficar bastante bêbado pelo menos
dois dias.
Palmas
para mim que sou um exemplar lindo e bem sucedido e sofisticado de homem branco
reclamão.
Clap
clap clap clapclapclapcpclapclap fapfapfapfap
Eu
comecei a escrever isso aqui, pois eu também tenho um vídeo institucional para
fazer e não estou com a mínima vontade. Inspiração não é nada necessária na
publicidade. Você precisa ler sobre o seu produto, ler sobre o publico alvo,
escrever alguma coisa relevante que vai mudar a vida do consumidor. Aí você
imprime tudo, rasga a impressão, deleta o arquivo e escreve algo que tenha
alguma chance de ser aprovado pelo cliente.
Desculpa
pessoal, às vezes eu posso soar meio amargo.
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